Eu sai la do Norte
Pra tentar a minha sorte,
E não deixar que a fome
Me levasse a morte.
Quando cheguei em São Paulo,
Tinha na alma a certeza
De conseguir um emprego,
E fugir da minha pobreza.
Batalhei de sol a sol
Não fiz corpo mole não,
Não era tão simples assim
Não consegui nem ser peão.
Hoje espantado com o mundo,
Com tamanha crueldade
Como posso viver assim,
Como é dura a realidade.
Chego até a passar fome,
Mais fome do que eu sentia,
Vivo na rua mendigando,
Não tenho nem moradia.
Minha casa é a praça,
Vejo um futuro infeliz!
Infelizmente todos me julgam,
O lixo do meu país.
PS: Estes versos eu escrevi dentro de um ônibus, envergonhada com a situação sub-humana em que vivem as vítimas do meu pa´s rico-pobre, onde o desemprego é uma realidade infeliz, e os poderosos não fazem absolutamente nada para enxergar essa dura realidade.
Texto escrito em 15/04/1999
Tata
Nenhum comentário:
Postar um comentário